Protocolo e tabela de vermifugação de filhotes de gatos e cães: como escolher o ideal?

Protocolo e tabela de vermifugação de filhotes de gatos e cães: como escolher o ideal?

Links rápidos:

Apesar da grande disponibilidade de tratamentos seguros e eficazes no mercado, a infestação por parasitas internos segue como algo comum em gatos e cães; sendo mais frequentes nos animais que não cumprem uma rotina de avaliação com médicos-veterinários. 

A vermifugação, quando feita de forma cíclica durante todo o ano com a administração de produtos de controle de amplo espectro, apresenta eficácia em controlar a infestação pelos parasitas internos mais comuns.  

E vale lembrar que o tratamento regular para parasitas também diminui a contaminação ambiental com estágios infecciosos, reduzindo, assim, tanto a transmissão quanto uma possível exposição zoonótica. 

O que é a tabela de vermifugação de filhotes? 

A tabela de vermifugação serve como uma fonte rápida para a consulta de base, dosagens, via de administração para as diferentes verminoses. 

O uso da tabela de vermifugação de filhotes de gatos e cães auxilia o médico-veterinário no momento da escolha do vermífugo; já que o principal objetivo desta ação é justamente o de prevenir e/ou tratar as principais verminoses que afetam os pets na fase inicial de suas vidas.  

Os principais vermes aos quais os filhotes estão suscetíveis são os seguintes.

Vermes redondos – Nematódeos 

Vermes Chatos – Cestódeos: 

  • Echinococcus 
  • Dipylidium 
  • Taenia 

Por que é importante seguir um protocolo de vermifugação para filhotes? 

O médico-veterinário conhece não somente sobre a fisiologia e as particularidades comportamentais dos filhotes, mas também sobre características de patogenia dos diferentes vermes. Este conhecimento é a principal razão para que um tutor se sinta seguro em seguir um protocolo de vermifugação em filhotes indicado pelo médico-veterinário. 

Filhotes de gatos e cães são mais vulneráveis e suscetíveis a vermes, e a infecção pode ocorrer devido a inúmeros fatores, como: 

  • imaturidade do sistema imunológico;  
  • transmissão transplacentária; 
  • através da ingestão do leite contaminado; 
  • pelo contato com outros cães/gatos adultos infectados em criadores ou abrigos de resgate.  

A própria natureza investigativa dos filhotes de cheirar ou mesmo de consumir alimentos que encontram pelo caminho facilita o processo de infecção. Em felinos, o hábito de autocuidado e higiene possibilita a ingestão de pulgas, que carregam o estágio infeccioso das tênias e também podem levar à infecção. 

O médico-veterinário deve orientar o tutor a realizar a vermifugação em filhotes aos 15 dias de idade e, depois, a cada 15 dias, até ao desmame (aos 45 dias). O principal motivo para esse intervalo de 15 dias é devido ao ciclo de vida dos parasitas. Após este período, a vermifugação deve ser feita mensalmente até os 6 meses de idade e, em seguida, semestralmente.  

Nos casos em que o animal apresenta uma distensão abdominal considerável, de acordo com o exame clínico e o histórico do animal, é indicado reduzir o intervalo para cada 10 dias.  

Exemplo de tabela de vermifugação de filhotes 

O médico-veterinário, com auxílio da tabela vermifugação, irá escolher a melhor apresentação para o seu paciente. A tabela contém diferentes bases encontradas comercialmente e deve ser utilizada de acordo com as orientações dos fabricantes.

Tabela de vermifugação de filhotes de cães e gatos
Tabela 1: Tabela de vermifugação com vias de aplicação, dose e eficácia dos produtos anti-helmínticos comumente utilizados contra verminoses em gatos e cães (Adaptado de Vianna, 2007; Beugnet et. al., 2018; TroCCAP, 2019; Vercruysse & Claerebout, 2022).

Qual tipo de vermífugo é mais indicado para os filhotes? 

A partir do uso da tabela de vermifugação é possível identificar a melhor escolha para o prescrever o vermífugo para filhotes, de acordo com o verme. Isso porque existem princípios ativos que não devem ser prescritos para animais com menos de 6 meses de idade, além de algumas particularidades de diferentes raças.  

Após a definição do médico-veterinário a respeito da base medicamentosa a ser utilizada, ele deve prescrever o vermífugo, podendo escolher entre os formatos de: 

  • suspensão oral; 
  • pasta;  
  • tópico (pour-on ou spot-on);
  • comprimido.  

Esse processo deve ser discutido com o tutor, uma vez que a facilidade ou dificuldade de administração pode comprometer o resultado do tratamento.  

A importância do exame coproparasitológico na rotina clínica 

A realização do exame coproparasitológico é feita através da análise de amostras fecais, nas quais são verificadas a presença de parasitas (adultos ou partes deles) e/ou elementos parasitários (ovos, larvas, cistos, oocistos).  

Este é o exame diagnóstico mais utilizado na parasitologia veterinária, sendo amplamente utilizado como ferramenta profilática e diagnóstica – embora não seja comumente realizado em filhotes. 

No entanto, o médico-veterinário pode optar por realizar o exame após a conclusão do protocolo de vermifugação em filhotes, entre a sétima e oitava semana de vida do animal. Isso porque, geralmente, é neste período em que o filhote é desmamado e, com a realização do exame, é possível garantir que não haja infestação no momento da transição do animal para um novo ambiente. 

Um exame coproparasitológico permite identificar a presença de parasitas em vários sistemas de órgãos, já que eles podem chegar até as fezes do animal por diferentes caminhos, entre eles: 

  • ovos e larvas de vermes pulmonares podem ser expelidos do trato respiratório para a faringe, engolidos e eliminados nas fezes;   
  • ovos de ectoparasitas (ácaros e piolhos) podem ser lambidos da pele, engolidos e encontrados em amostras fecais.  

Além da tabela de vermifugação para filhotes, quais outros protocolos devem ser seguidos? 

O médico-veterinário, além do uso da tabela de vermifugação, deve estar atendo aos seguintes pontos: 

  • cuidados gerais com a saúde dos filhote é preciso saber orientar o tutor sobre os cuidados necessários na casa nova, o manejo e o fornecimento dos alimentos mais adequados para a fase de vida, além de conscientizá-lo sobre a castração; 
  • protocolo vacinal: explicar a importância da vacina para a prevenção e propagação de doenças; 
  • acompanhamento de curva de crescimento: deve-se abordar a relevância do acompanhamento da curva de crescimento do animal para a identificação precoce de problemas de saúde. 

A atenção com estes pontos permite a criação de um relacionamento de confiança entre tutor e médico-veterinário, e este vínculo de parceria, quando criado e mantido, assegura ao médico-veterinário que o cuidado com o filhote será realizado conforme a orientação passada.   

Dito isso, fica claro que tomar este cuidado e manter o diálogo com o tutor é fundamental para garantir que o filhote comece a vida no melhor caminho para o bem-estar a longo prazo. 

A ROYAL CANIN® preza há mais de 50 anos pelo bem-estar dos pets!  

A ROYAL CANIN®, há mais de 50 anos, investe em pesquisas e desenvolvimento de diferentes alimentos completos e balanceados. São alimentos secos e úmidos que representam excelentes opções para atender as necessidades energéticas e nutricionais de cada gato e cão.  

A empresa apresenta, em seu portfólio, linhas completas para atender as necessidades nutricionais únicas de cada cão e gato de acordo com a raça, porte e fase da vida (filhotes, adultos, maduros e idosos).  

Além do cuidado com os animais saudáveis, a ROYAL CANIN® fornece ao médico-veterinário um portfólio completo de alimentos coadjuvantes para es e gatos.  

Para garantir uma dieta balanceada e eficiente para os seus pacientes, utilize a nossa Calculadora para Prescrições: uma ferramenta prática para auxiliar na sua rotina clínica e na prescrição de forma completa. 

Referências Bibliográficas  

American Animal Hospital Association, Parasite Control. Acesso em: 14/07/2023 

Beugnet, F., Halos, L., Guillot, J. Textbook of clinical parasitology in dogs and cats, 2018. 

Nelson, R. W., Couto, C.G. Small Animal Internal Medicine, 6th ed. Elsevier – Health Sciences Division, 2019. 

Stull, J. W., Carr, A. P., Chomel, B. B., Berghaus, R. D., Hird, D. W. Small animal deworming protocols, client education, and veterinarian perception of zoonotic parasites in western Canada. The Canadian veterinary journal, n.48, v.3, p. 269–276, 2007. 

TroCCAP – Conselho Tropical para Parasitos de Animais de Companhia. Diretrizes para o diagnóstico, tratamento e controle de endoparasitos caninos nos trópicos, 2019. Acesso em: 16/07/2023 

Vercruysse, J & Claerebout, E. Overview of Anthelmintics. MSD Manual – Veterinary Manual, 2022. Acesso em: 16/07/2023. 

Viana, F. A. B. Guia Terapêutico Veterinário- 3ª ed. Lagoa Santa: gráfica e editora, CEM, 2007.