Os tipos de urólitos mais comuns em cães e gatos

Os tipos de urólitos mais comuns em cães e gatos

Links rápidos:

Autores:

  MARIA CLORINDA SOARES FIOVARANTI
Professora Titular da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás, Goiânia

  PAULA COSTA ARIZA
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás, Goiânia

Urólitos de Estruvita

A estruvita ou fosfato de amônio magnesiano é historicamente o mineral mais frequentemente encontrado nos urólitos caninos5,24,25,26. Os urólitos de estruvita se desenvolvem em urina alcalina supersaturada com fosfato, amônio e magnésio27,28 e a grande maioria se forma na bexiga29. A frequência dos urólitos de estruvita vem mudando ao longo dos anos e sua ocorrência tem reduzido, enquanto houve aumento progressivo na ocorrência de urolitíase por oxalato de cálcio, que passou a ser o cálculo mais frequente em alguns países5,6,27,30. No Brasil a estruvita ainda é o tipo mais frequente de cálculo24,31.

As infecções do trato urinário por bactérias produtoras de urease estão intimamente relacionadas ao pH urinário alcalino e à urolitíase por estruvita7,10,29,34. Como as fêmeas caninas estão mais suscetíveis a infecções urinárias que os machos35, há maior frequência de cálculos por estruvita nesse grupo27,36. Ocorrem mais frequentemente em animais com raça definida do que naqueles sem raça definida. São raças com maior predisposição: Labrador Retriever32, Yorkshire Terrier, Cocker Spaniel, Schnauzer miniatura e Bichon Frisé10,33.

Cálculos de estruvita são passíveis de dissolução, com uso de alimento coadjuvante que proporcione índice de subsaturação urinária para este urólito e, em caso de infecção urinária, deve-se associar a antibioticoterapia37. O controle de infecções urinárias, também auxilia na prevenção da ocorrência ou recorrência desse tipo de urólito19.

A forma mais simples de promover subsaturação urinária é por meio do aumento da ingestão hídrica e da produção urinária. Isso pode ser feito de forma indireta, tanto pela utilização de alimentos úmidos, quanto pelo discreto aumento no teor de sódio no alimento seco. O uso de dieta específica pode levar à dissolução dos urólitos em duas a seis semanas, mas esse período pode variar muito, dependendo do tamanho e número de urólitos presentes37. O acompanhamento e recomendação do médico-veterinário é essencial, e atenção especial deve ser dada para possíveis patologias associadas nas quais este perfil nutricional não é recomendado, como por exemplo, em casos de pancreatite, hiperlipidemia, cardiopatias ou nefropatias, assim como animais em crescimento38,39,40,41,42.

Urólitos de Oxalato de Cálcio

Em vários países os cálculos de oxalato de cálcio são, historicamente, o segundo tipo de urólito mais frequente nos cães5,24,25,26 e se formam em urina ácida supersaturada com cálcio e oxalato28. O hiperadrenocorticismo, a acidose associada à dieta acidificante ou a acidificantes urinários, são condições que favorecem o desenvolvimento desses cálculos7,43. Cálculos de oxalato de cálcio são mais frequentes nos machos que nas fêmeas2,5,25,26,27,28,30,36 e em raças pequenas como o Schnauzer miniatura, Lhasa Apso, Shih Tzu e Yorkshire Terrier9,26,32,35. As fêmeas de Schnauzer possuem a mesma chance de desenvolver urólitos de oxalato de cálcio e de estruvita, diferentemente das fêmeas de outras raças25. A probabilidade de formação desses cálculos aumenta com a idade do animal, por essa razão a ocorrência desses cálculos se dá em animais mais velhos que aqueles que desenvolvem urólitos de estruvita2,4,26,27,32.

Os urólitos de oxalato de cálcio, uma vez formados, não podem ser dissolvidos7,29. Os únicos tratamentos possíveis são a remoção cirúrgica, ondas de choque e urohidropropulsão. Alterações na dieta podem, no entanto, contribuir para o não crescimento dos urólitos presentes e minimizar a recorrência29. O alimento coadjuvante deve proporcionar índice de subsaturação urinária para cálcio e oxalato, além de aumentar a diluição da urina. É recomendado o uso de dieta úmida não acidificante, com baixos teores de cálcio e oxalato, além de quantidade adequada de fósforo para evitar a ativação renal da vitamina D. Também é indicado evitar suplementação de vitaminas D e C (acidificantes)29.

É importante levar em consideração que o uso de dietas acidificantes para dissolver os cálculos de estruvita e alterações nas dietas de manutenção visando reduzir a cristalúria por estruvita podem aumentar a incidência de urólitos por oxalato de cálcio, já que as condições para a deposição de oxalato de cálcio são opostas às de deposição de estruvita. Para tanto, recomenda-se que o alimento proporcione grau de subsaturação urinária para estes urólitos (pH urinário, volume urinário e a concentração de solutos)2,7,11.

Fosfato de Cálcio

A incidência cálculos com fosfato de cálcio é baixa em diversos países2,5,6,24,27. São fatores de risco a urina alcalina, excreção urinária aumentada de fosfato e cálcio e infecções urinárias por bactérias produtoras de urease7. Algumas enfermidades, como desordens hipercalcêmicas, neoplasias, intoxicação por vitamina D, excesso de cálcio na dieta também podem predispor a esse tipo de cálculo10. O manejo dietético de cálculos de fosfato de cálcio, não passíveis de dissolução, quando a fonte de hipercalcemia não é identificada, é semelhante àquela para manejo de cálculos de oxalato de cálcio23.

Urólitos de Urato

Urólitos de urato estão associados à urina ácida, consumo de dietas ricas em proteína e a algumas disfunções hepáticas que prejudicam o metabolismo de proteínas7. Qualquer raça pode ter aumento na excreção de ácido úrico associado à doença hepática15. A urolitíase por urato não está, na maioria dos casos, acompanhada de cristalúria27.

Os Dálmatas têm predisposição racial devido a maior excreção urinária de ácido úrico2,5,6,10,15,24,27,28,44. Outras raças caninas relativamente predispostas são o Bulldog e o Yorkshire Terrier10. É mais frequente em cães machos2,25,26,27 e as fêmeas são raramente afetadas provavelmente porque eliminam com mais facilidade os pequenos cálculos de urato sem chegar a desenvolver sinais clínicos26.

Urólitos de urato de amônio são passíveis de dissolução37,38. Em uma dieta para dissolução de cálculos de urato de amônio, busca-se a redução da excreção urinária de ácido úrico e amônio37. As dietas recomendadas são aquelas que alcalinizam a urina (suplementação de citrato de potássio), com restrição de proteína e alto teor de umidade37,38. O alopurinol também pode ser usado na terapia de dissolução. São indicados tratamentos dietético-profiláticos em cães com alta probabilidade de recorrência de calculose de urato37.

Urólitos de Xantina

A xantina é produzida no metabolismo das purinas e convertida em ácido úrico pela ação da enzima xantina oxidase. Animais com xantinúria hereditária possuem deficiência dessa enzima e, nesses casos, a formação espontânea de urólitos por esse metabólito pode ocorrer, embora seja mais rara7,11, 29. Os urólitos de xantina também podem ser iatrogênicos provocados pelo uso de alopurinol para tratamento de urolitíase por urato ou de leishmaniose7,10,11,29,45. Cálculos urinários de xantina são pouco frequentes nos cães27 e ocorrem mais em machos2. Este tipo de cálculo é insolúvel19, portanto o tratamento é cirúrgico.

Urólitos de Sílica

Urólitos de sílica têm como fator de risco o consumo de dietas com fontes vegetais de proteína, por conterem ácido silícico, como glúten de milho, casca de arroz ou casca de soja7,29. É raro e representa um percentual bastante pequeno de urólitos em cães. A raça Pastor Alemão é responsável pelo desenvolvimento de 27% dos urólitos de sílica10. Outras raças caninas predispostas a esse tipo de cálculo são a Yorkshire Terrier, Shih Tzu e Pooodle miniatura e toy46. Recorrência desse tipo de urólito é incomum, os machos são mais acometidos e o é México o país com a maior frequência, provavelmente devido a fatores ambientais locais como composição da água e solo vulcânico28. Urólitos de sílica não podem ser dissolvidos com dieta ou medicamento19, devendo ser retirados cirurgicamente.

Urólitos de Cistina

A cistinúria nos cães ocorre por um erro hereditário metabólico no túbulo renal, de maneira que a cistina e outros aminoácidos não essenciais são excretados de maneira excessiva, produzindo supersaturação. Os cristais de cistina se precipitam com facilidade na urina, podendo formar urólitos10,11,12. Algumas raças têm predisposição genética a cistinúria, como o Terra Nova e o Labrador Retriever, caracterizando-se pelo surgimento das alterações em animais jovens, especialmente nos machos44, que respondem por 98% a 100% dos cálculos10,27,33.

Várias estratégias podem ser usadas para a solubilização de cálculos de cistina, incluindo alterações da dieta, diurese induzida, alcalinização do pH urinário para aumentar a solubilidade da cistina. A reabsorção tubular de cistina em pacientes cistinúricos pode ser aumentada com a restrição de sódio alimentar, provavelmente por aumentar a reabsorção de sódio nos túbulos proximais, o que eleva o transporte de cistina através da membrana das células luminares47. Para que a solubilização seja alcançada, é necessário que se associe a terapia nutricional à farmacológica23,48, sendo recomendado dietas alcalinizantes associadas ao uso de fármacos como tiopronina. A dissolução ocorre em média após 11 semanas de tratamento. A suplementação com carnitina e taurina é recomendada devido à excreção urinária de aminoácidos aumentada. Dietas que levam à acidúria devem ser evitadas, pois aumentam a suscetibilidade à urolitíase por cistina23.

 

Referências bibliográficas

1. LULICH, J. P.; OSBORNE, C. A.; ALBASAN, H.; KOEHLER, L. A.; ULRICH, L. M.; LEKCHAROENSUK, C. Recent shifts in the global proportions of canine uroliths. Veterinary Record, v. 172, p. 363, 2013.

2. VRABELOVA, D.; SILVESTRINI, P.; CIUDAD, J.; GIMENEZ, J. C.; BALLESTEROS, M.; PUIG, P.; COPEGUI, R. R. Analysis of 2735 canine uroliths in Spain and Portugal. A retrospective study: 2004-2006. Research Veterinary Science, v. 91, n. 2, p. 208-211, 2011.

3. DAUDON, M.; JUNGERS, P. Drug-induced renal calculi. Annales d’Urologie, v. 40, p. 57-68, 2006.

4. OSBORNE, C. A.; LULICH, J. P.; SWANSON, C. V. T.; ALBASAN, H. Drug-induced urolithiasis. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 39, p.183-197, 2008a.

5. OSBORNE, C. A.; LULICH, J. P.; KRUGER, J. M.; ULRICH, L. K.; KOEHLER, L.A. Analysis of 451,891 canine uroliths, feline uroliths and feline urethral plugs from 1981 to 2007: Perspectives from the Minnesota Urolith Center. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 39, p.183-197, 2008b.

6 HOUSTON, D. M.; MOORE, A. E. P. Canine and feline urolithiasis: Examination of over 50.000 urolith submissions to the Canadian Veterinary Urolith Centre from 1998 to. Canadian Veterinary Journal, v. 50, p. 1263-1267, 2009.

7. ULRICH, L. K.; OSBORNE, C. A.; COKLEY, A.; LULICH, J. P. Changing paradigms in the frequency and management of canine compound uroliths. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 39, p. 41-53, 2008.

8 WHELEN, J. C.; HOUSTON, D. M.; WHITE, C.; FAVRIN, M. G. Ova of Dioctophyme renale in a canine struvite urolith. Canadian Veterinary Journal, v. 52, p. 1353–1355, 2011.

9 BARTGES, J. W. CALLENS, A. J. Urolithiasis. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 45, p. 747-768, 2015.

10. OSBORNE, C. A.; LULICH, J. P.; BARTGES, J. W.; UNGER, L. K.; THUMCHAI, R.; KOEHLER, L. A.; BIRD, K. A.; FELICE, L. J. Canine and feline urolithiases: relationship of ethiopatogenesis to treatment and prevention. In: OSBORNE, C. A.; FINCO, D. R. Canine and feline nephrology and urology. Baltimore: Williams & Wilkins, 1995. p. 798-888.

11. KOEHLER, L. A.; OSBORNE, C. A.; BUETTNER, M. T.; LULICH, J. P.; BEHNKE, R. Canine urolithiasis: Frequently asked questions and their answers. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 39, n.1, p.161-181, 2008.

12. LULICH, J. P.; OSBORNE, C. A.; BARTGES, J. W.; LEKCHAROENSUK, C. Distúrbios do trato urinário inferior dos caninos. In: ETTINGER, S. J.; FELDMAN, E. C. Tratado de medicina interna veterinária. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. v. 2, p. 1841-1877.

13. INKELMANN, M. A.; KOMMERS, G. D., TROST, M. E.; BARROS, C. S. L.; FIGHERA, R. A.; IRIGOYEN, L.F.; SILVEIRA, I. P. Urolitíase em 76 cães. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 32, n. 3, p. 247-253, 2012.

14. WISENER, L. V.; PEARL, D. L.; HOUSTON, D. M.; REID-SMITH, R. J.; MOORE, A. E. P. Spatial and temporal clustering of calcium oxalate and magnesium ammonium phosphate uroliths in dogs living in Ontario, Canada between 1998 and 2006. Preventive Veterinary Medicine, v. 95, n. 2, p. 144-151, 2010.

15. GRAUER, G. F. Canine urolithiasis. In: NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Small animal internal medicine. 4.ed. Saint Louis: Mosby, 2003. p. 631-641.

16. GODOI, D. A.; REGAZOLI, E.; BELONI, S. E.; ZANUTTO, M. S. Urolitíase por cistina em cães no Brasil. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 63, n. 4, p. 881-886, 2011.

17. GARCIA-NAVARRO, C. E. Manual de urinálise veterinária. São Paulo: Varela, 2005, 131p.

18. LULICH, J. P.; OSBORNE, C. A. Changing paradigms in the diagnosis of urolithiasis, Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 39, n. 1, p. 79-91, 2008.

19. RADITIC, D. M. Complementary and integrative therapies for lower urinary tract diseases. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 45, p. 857-878, 2015.

20. LULICH, J. P.; OSBORNE, C. A.; CARLSON, M.; UNGER L. K.; SAMELSON, L. L.; KOEHLER, L. A.; BIRD, K. A. Nonsurgical removal of urocystoliths in dogs and cats by voiding urohydropulsion. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 203, p. 660-663, 1993.

21. DIAZ-ESPIÑERA, M.; ESCOLAR, E.; BELLANATO, J.; FUENTE, M. A. Infrared and atomic spectrometry analysis of the mineral composition of a series of equine sabulous material samples and urinary calculi. Research in Veterinary Science, v. 63, n. 1, p. 93-95, 1997.

22. KALINSKI, K.; MARYCZ, K.; CZOGALA, J.; SERWA, E.; JANECZEK, W. An application of scanning electron microscopy combined with roentgen microanalysis (SEM-EDS) in canine urolithiasis. Journal of Electron Microscopy, v. 61, n. 1, p. 47-55, 2012.

23. STURGESS, K. Dietary management of canine urolithiasis. In Practice, v. 31, p. 306-312, 2009.

24. OYAFUSO, M. K.; KOGIKA, M. M.; WAKI, M. F.; PROSSES, C. S.; CAVALCANTE, C. Z.; WIRTHL, V. A. B. F. Urolitíase em cães: avaliação quantitativa da composição mineral de 156 urólitos. Ciência Rural, v. 40, n. 1, p. 102-108, 2010.

25. HOUSTON, D. M.; MOORE, A. E. P.; FAVRIN, M. G.; HOFF. B. Canine urolithiasis: a look over 16000 urolith submissions to the Canadian Veterinary Centre from February 1998 to April 2003. Canadian Veterinary Journal, v. 45, n. 3, p. 225-230, 2004.

26. ROE, K.; PRATT, A.; LULICH, J.; OSBORNE, C.; SYME, H. M. Analysis of 14,008 uroliths from dogs in the UK over a 10-year period. Journal of Small Animal Practice, v. 53, n. 11, p. 634-640, 2012.

27. SOSNAR, M.; BULKOVA, T.; RIZICKA, M. Epidemiology of canine urolithiasis in the Czech Republic from 1997 to 2002. Journal of Small Animal Practice, v. 46, p. 177-184, 2005.

28. ANGEL-CARAZA, J.; DIEZ-PRIETO, I.; PÉREZ-GARCÍA, C. C.; GARCÍA-ROODRÍGUEZ, M. B. Composition of lower urinary stones in canines in Mexico City. Urological Research, v. 38, p. 201-204, 2010.

29. OSBORNE, C. A.; LULICH, J. P.; FORRESTER, D.; ALBASAN, H. Paradigm changes in the role of nutrition for the management of canine and feline urolithiasis. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 39, n. 1, p. 127-141, 2008c.

30. PICAVET, P.; DETILLEUX, J.; VERSCHUREN, S.; SPARKES, A.; LULICH, J.; OSBORNE, C.; ISTASSE, L.; DIEZ, M. Analysis of 4495 canine and feline uroliths in the Benelux. A retrospective study: 1994-2004. Journal of Animal Physiology and Animal Nutrition, v. 91, n. 5/6, p. 247-251, 2007.

31. ARIZA, P. C. Composição de urólitos vesicais de cães determinada por espectroscopia de energia dispersiva (EDS) e análise química. 2014. 51 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2014.

32. LING, G. V.; THURMOND, M. C.; CHOI, Y. K.; FRANTI, C. E.; RUBY, A. L.; JOHSON, D. L. Changes in proportion of canine urinary calculi composed of calcium oxalare or struvite in specimens analysed from 1981 through 2001. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 17, n. 6, p. 817-23, 2003.

33. ADAMS, L. G.; SYME, H. M. Canine lower urinary tract diseases. In: ETTINGER, S. J.; FELDMAN, E C. Textbook of veterinary internal medicine. 6.ed. Philadelphia: Elsevier Saunders, 2005. p. 1850-1874.

34. HOUSTON, D. M.; WEESE, H. E.; EVASON, M. D.; BIOURGE, V; HOEK, I. A diet with a struvite relative supersaturation less than 1 is effective in dissolving struvite stones in vivo. British Journal of Nutrition, v. 106, p. S90-S92, 2011.

35. LING, G. V.; NORRIS, C. R.; FRANTI, C. E.; EISELE, P. H.; JOHNSON, D. L.; RUBY, A. L.; JANG, S. S. Interrelations of organism prevalence, specimen collection method, and host age, sex and breed among 8.354 canine urinary tract infections (1969-1995). Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 15, p. 341-347, 2001.

36. RODGERS, K. D.; JONES, B.;ROBERTS, L.; RICH, M.; MONTALTO, N.; BECKETT, S. Composition of uroliths in small domestic animals in the United Kingdom. Veterinary Journal, v. 188 p. 228-230, 2011.

37. STEVENSON, A. E.; SMITH, B. H. E.; MARKWEL, P. J. A system to monitor urinary tract health in dogs. Journal of Nutrition, v. 128, n. 12, p.2761S-2S, 1998.

38. ABDULLAHI, S. U.; OSBORNE, C.; LEININGER, J. R.; FLETCHER. T. F.; GRIFFITH, D. P. Evaluation of a calculolytic diet in female dogs with induced struvite urolithiasis. American Journal of Veterinary Research, v. 45, p.1508-1519, 1984.

39. OSBORNE, C. A. Improving management of urolithiasis: canine struvite uroliths. DVM 360 Magazine [online]. Apr 01, 2004.

40. OSBORNE, C. A.; LULICH, J. P.; POLZIN, D. J.; ALLEN, T. A.; KRUGER, J. M.; BARTGES, J. W.; KOEHLER, L. A.; ULRICH, L. K.; BIRD, K. A.; SWANSON, L. L. Medical dissolution and prevention of canine struvite urolithiasis, twenty years of experience. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 29, n.1, p. 73-111, 1999.

41. OSBORNE, C. A.; LULICH, J. P.; POLZIN, D. J.; SANDERSON, S. L.; KOEHLER, L. A.; ULRICH, L. K.; BIRD, K. A.; SWANSON, L. L.; PEDERSON, L. A.; SUDO, S. Z. Analysis of 77,000 canine uroliths: Perspectives from the Minnesota Urolith Center. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 29, n. 1, p.17-38, 1999.

42. BARTGES, J. W.; KIRK, C.; LANE, I. F. Update: management of calcium oxalate uroliths in dogs and cats. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 34, p. 969-987, 2004.

43. OKAFOR, C. C.; LEFEBVRE, S. L.; PEARL, D. L.; YANG, M.; WANG, M.; BLOIS, S. L.; LUNDB, E. M.; DEWEY, C. E. Risk factors associated with calcium oxalate urolithiasis in dogs evaluated at general care veterinary hospitals in the United States. Preventive Veterinary Medicine, v. 115, n. 4, p. 217-228, 2014.

44. BANNASCH, D.; HENTHORN, P. S. Changing paradigms in diagnosis of inherited defects associated with urolithiasis. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 39, p. 111-125, 2008.

45. LING, G. V.; CASE, L. C.; NELSON, H.; HARROLD, D. R.; JOHNSON, D. L.; VULLIET, P. R. Pharmacokinetics of allopurinol in Dalmatian dogs. Journal of Veterinary Pharmacology and Therapeutics, v. 20, n. 2, p. 134-138, 1997.

46. ALDRICH, J.; LING, G. V.; RUBY, A. L.; JOHNSON, D. L.; FRANTI, C. E. Silica-containing urinary calculi in dogs (1981-1993). Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 11, p. 288-295, 1997.

47. PECES, R.; SAUCHES, L.; GOROSTIDI, M.; ALVAREZ, J. Effects of variation in sodium intake on cystinuria. Nephron, v. 57, n.4, p.421-423, 1991.

48. HOPPE, A.; DENNEBERG, T. Cystinuria in the dog: Clinical studies during 14 years of medical treatment. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 15, n. 4, p. 361-367, 2001.

49. QUÉAU, Y.; BIOURGE. V. Urinary relative supersaturation and urolithiasis risk. Vet Focus, v. 24, n. 1, p. 24-29, 2014.

50. MARKWELL, P. J.; SMITH, B. H. E.; MCCARTHY, K. P. A non–invasive method for assessing the effect of diet on urinary calcium oxalate and struvite relative supersaturation in the cat. An Technology, v. 50, p. 61–67, 1999.