As perguntas mais frequentes sobre dermatite atópica canina respondidas

A atopia é o segundo distúrbio cutâneo alérgico mais comum em cães, perdendo apenas para a dermatite alérgica à picada de ectoparasitas; saiba mais sobre o assunto

Devido ao elevado número de casos, às diversas associações da atopia com outras enfermidades e à problemática que envolve o diagnóstico e tratamento da dermatite atópica, este é um tema que costuma gerar muitas dúvidas.

Veja, a seguir, o esclarecimento de algumas das perguntas mais frequentes relacionadas a essa enfermidade.

O que é a dermatite atópica canina?

A dermatite atópica canina é uma desordem cutânea alérgica, de caráter inflamatório, crônico e multifatorial (decorrente da perda da integridade da barreira epidérmica e da desregulação do sistema imune), que atinge cerca de 15% da população mundial de cães. Pode se desenvolver em animais com predisposição genética (racial) submetidos à presença de alérgenos geralmente ambientais (como pólen e ácaros).

6 dúvidas frequentes sobre dermatite atópica em cães

O diagnóstico e o tratamento da dermatite atópica em cães é um desafio para o Médico-Veterinário, tanto no âmbito da medicina quanto na abordagem e conscientização do tutor sobre o longo processo e necessidade de monitoramento do paciente para o resto da vida. Listamos agora seis dentre as inúmeras dúvidas referentes a esse tema.

1. Quais são as raças mais predispostas?

Entre as raças mais predispostas a apresentarem dermatite atópica estão:

• Shar Pei
• West Highland White Terrier
• Scoth Terrier
• Lhasa Apso
• Shih Tzu
• Jack Russel
• Dálmata
• Pug
• Setter Irlandês
• Boston Terrier
• Golden Retriever
• Boxer
• Setter Inglês
• Labrador
• Schnauzer Miniatura
• Pastor Belga
• Bulldogue Inglês
• Pastor Alemão
• Cocker Spaniel
• Dachshund
• Doberman
• Poodle

Porém, a dermatopatia pode ocorrer em qualquer outra raça que não tenha sido relacionada anteriormente.

2. Com qual idade os cães apresentam os sinais clínicos?

Geralmente, os animais começam a apresentar sinais clínicos dermatológicos entre 6 meses e 7 anos de idade. Esses sinais podem ser suaves no primeiro ano e irem se agravando progressivamente, fazendo com que cerca de 70% dos cães desenvolvam a enfermidade até os 3 anos de vida.

3. A dermatite atópica é uma doença sazonal?

A maioria dos cães com dermatite atópica costuma manifestar os sinais clínicos em determinadas épocas do ano, fazendo com que essa dermatopatia tenha uma característica primordialmente sazonal.

Já alguns animais podem apresentar manifestações dermatológicas durante todo o ano. Entretanto, nos meses de temperaturas mais elevadas, esses sinais ficam mais agravados. Nesses casos, a enfermidade tende a se tornar crônica.

4. Quais os sinais clínicos mais comuns na dermatite atópica canina?

Certamente, o prurido é o sinal clínico mais comum e pode ser localizado (aproximadamente 60%) ou generalizado (aproximadamente 40%). No início do quadro de dermatite atópica em cães, pode ser tipicamente observado prurido associado a lesões cutâneas, como eritema e pápulas. Com a progressão da afecção, outros sinais como pústulas, mácula, crostas e seborreia podem aparecer. Além disso, hiperpigmentação, edema, liquenificação (pele mais espessa e grossa, apresentando sulcos e manchas) e alopecia também são relatados.

Segundo Rostaher (2021), a face interna do pavilhão auricular, as axilas, áreas abdominais, inguinais e/ou perineais e extremidades distais são locais geralmente acometidos na maioria dos cães. Veja a figura abaixo:

Vale ainda ressaltar que a otite externa e o prurido no pavilhão auricular ocorrem em aproximadamente 86% dos cães com dermatite atópica.

5. Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico definitivo da dermatite atópica em cães normalmente não é concluído em apenas uma consulta. Após a identificação, a anamnese minuciosa e o exame clínico geral completo, incluindo otoscopia, é necessário descartar a presença de outras dermatopatias (exemplo: infestação por ectoparasitas, infecções bacterianas ou fúngicas).

Para isso, deve-se associar um perfil dermatológico completo, com pesquisa para ectoparasitas (inclusive sarnas), fungos e bactérias. Também pode ser preciso investigar endocrinopatias e realizar uma biópsia de pele a fim de descartar a adenite sebácea e o linfoma cutâneo. Todos os diagnósticos diferenciais devem ser investigados para que seja estabelecido o diagnóstico definitivo.

Se o prurido não for sazonal, outras enfermidades devem ser investigadas, como por exemplo, hipersensibilidade alimentar ou dermatite por contato. Para distinguir entre elas, a dieta hipoalergênica deve ser adotada por um período entre 8 e 12 semanas (teste de eliminação). Caso não ocorra melhora após esse período, o diagnóstico definitivo é dermatite atópica canina.

6. Como tratar os cães com dermatite atópica?

O tratamento da dermatite atópica canina envolve duas fases. O controle inicial da inflamação e do prurido, através de fármacos antiinflamatórios e antipruriginosos, deve ser seguido por um manejo proativo contínuo para manter a remissão e prevenir alterações crônicas (Nuttall e Gow, 2020).

Sendo assim, uma abordagem multimodal deve ser implementada, como:

• controle da inflamação da pele e do prurido
• diminuição da exposição aos alérgenos
• reparação da barreira cutânea
• controle das infecções secundária da pele

Vale ressaltar que o tratamento deve ser sempre individualizado e ajustado ao controle das crises, da presença ou não de sazonalidade e da saúde geral do paciente.

Confira no vídeo abaixo o relato de um caso clínico sobre dermatite atópica canina.

O manejo nutricional é extremamente importante para esses pacientes!

Os alimentos da linha Skin Care Canine da ROYAL CANIN® fortalecem a barreira cutânea e, assim, auxiliam na proteção contra alérgenos, proteases bacterianas e ambientais, além de ajudarem a reduzir a produção de citocinas pela epiderme.

O perfil nutricional da linha Skin Care Canine é composto por proteínas de altíssima assimilação e ácidos graxos EPA e DHA e ômega 6 (CLA), que possuem propriedades anti-inflamatórias. Além disso, um complexo de vitaminas B, A, C e E, taurina, luteína, assim como minerais como zinco, ajudam no fortalecimento do sistema imune e atuam como antioxidantes, protegendo as células contra a ação dos radicais livres.

Os alimentos da linha Skin Care Canine possuem também uma combinação sinérgica de nicotinamida, ácido pantotênico, histidina, colina e inositol, que aumentam a síntese de ceramida pelos queratinócitos.

É importante enfatizar que o Médico-Veterinário é o melhor profissional para estipular o tratamento mais adequado e individualizado para cada animal diagnosticado com dermatite atópica canina. Use a nossa Calculadora para Prescrições para facilitar as indicações no seu dia a dia.

A ROYAL CANIN® possui alimentos completos, secos e úmidos, que graças ao seu perfil nutricional ideal ajudam a manter uma pele e pelagem saudáveis. A linha Hypoallergenic Canine nas versões seca e úmida, por exemplo, é formulada para promover uma alimentação com baixo potencial alergênico, auxiliando no suporte à barreira cutânea através de proteína hidrolisada com baixo peso molecular e ácidos graxos (EPA e DHA). Aqui você encontra mais informações sobre os produtos Royal Canin®.

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