Palatabilidade: fator-chave no combate à anorexia em gatos com Doença Renal Crônica

Palatabilidade: fator-chave no combate à anorexia em gatos com Doença Renal Crônica

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Entenda os fatores que aumentam a palatabilidade dos alimentos e como esse aspecto é importante em casos de gatos que sofrem com DRC

A Doença Renal Crônica (DRC) é uma das enfermidades mais comuns em gatos idosos, acometendo mais de 30% dos animais com mais de 15 anos de idade. Como essa condição é frequentemente acompanhada por distúrbios alimentares, a manutenção do peso corporal nesses pacientes ainda está positivamente correlacionada com a expectativa de vida deles.

Alguns fatores inerentes à DRC interferem na qualidade de vida do paciente, tais como hiperfosfatemia, hipopotassemia, hipertensão, desidratação e uremia. A utilização de dietas coadjuvantes tem sido empregada com sucesso no tratamento de gatos com DRC. Assim, a aceitação de tais alimentos é fundamental, tornando a palatabilidade das dietas um elemento-chave no manejo nutricional dessa doença.

O que é palatabilidade

A palatabilidade é um fenômeno complexo e multifatorial que compreende não só as características da dieta (aroma, sabor, textura, composição nutricional, entre outros), mas também àquelas relacionadas com o animal e seu ambiente (percepção alimentar, e experiência, por exemplo).

De fato, as preferências alimentares variam muito de um animal para outro. Algumas preferências são inatas e podem estar ligadas a certos fatores, como raça, anatomia ou genética individual. Outras são adquiridas ao longo da vida do animal, como por exemplo as experiências perinatais, que exercem um grande impacto sobre as futuras escolhas alimentares.

Além disso, cada gato pode reagir de forma diferente diante de um mesmo gênero alimentício, dependendo de suas experiências prévias. Essas reações podem envolver alguns tipos de respostas, a saber:

a) respostas neofílicas ou neofóbicas (i. e., atração ou repulsão por novas dietas),
b) respostas antiapostáticas (preferência por alimentos que, apesar de não serem novos, raramente são oferecidos) ou
c) respostas de apatia ou aversão.

Por esse motivo, é essencial levar cada gato e suas preferências individuais em conta, ao tentar melhorar a palatabilidade de um produto. Isso é particularmente importante para os gatos com doença renal crônica.

Fatores que alteram a palatabilidade

Os 3 principais fatores que alteram a palatabilidade do alimento são:

  • Ingredientes: a natureza dos nutrientes escolhidos (proteínas, gorduras, etc.) e sua procedência devem ser de alta qualidade. Para melhorar o sabor, podem-se adicionar certos ingredientes denominados palatabilizantes (i. e., intensificadores de palatabilidade).
  • Processamento: os parâmetros para o processamento dos alimentos devem ser otimizados para garantir que as texturas e os ingredientes sejam atrativos para o animal.
  • Preservação/conservação: os sistemas de conservação e envase devem ser adequados para assegurar o frescor do produto.

Importância da palatabilidade na DRC

Os gatos com DRC frequentemente exibem disorexia (hipo ou anorexia): 40% sofrem de hiporexia e 15% de anorexia completa.

Importante notar que os gatos são geneticamente predispostos a correlacionar a sensação de desconforto gastrointestinal após uma refeição com o alimento ingerido imediatamente antes desse evento. Por essa razão, é mais provável que eles se recusem a comer aquele alimento específico no futuro, pois tanto o sabor quanto o aroma do produto podem ser identificados e associados ao desconforto prévio.

O processo de aprendizado é rápido e persiste ao longo do tempo, a tal ponto que uma única ingestão de um alimento específico pode levar a uma recusa duradoura ou permanente.

Os sinais de náuseas e vômitos presentes em gatos com DRC podem, portanto, gerar esse tipo de reação ou associação. Sendo assim, é importante oferecer um alimento alternativo que preserve a estratégia nutricional requerida para o controle da DRC, tenha um perfil sensorial (odor, aroma, textura) diferente da dieta anterior e, principalmente, seja atrativo para o gato.

As restrições nutricionais (conteúdo baixo de fósforo e teor restrito de proteína) necessárias para formular as dietas renais exercem um grande impacto sobre a sua palatabilidade. Contudo, essas restrições são essenciais para o bom manejo nutricional da DRC.

Com isso, os especialistas em formulação e desenvolvimento de pet foods devem aplicar seus conhecimentos sobre esses parâmetros mencionados para tornar o alimento atrativo e oferecer soluções alternativas para o problema de aversão ou consumo alimentar reduzido.

Alimentos para gatos com Doença Renal Crônica

Com base nesse conhecimento, a ROYAL CANIN® está em constante estudo para desenvolver e lançar alimentos cada vez mais atrativos para gatos com DRC.

Os alimentos são desenvolvidos para que os gatos tenham uma percepção diferente de cada uma dessas dietas. Sendo assim, se o gato mostrar aversão alimentar ou menos apetite como uma dieta específica, é possível oferecer outro produto da mesma linha para estimular o consumo do alimento.

Essa abordagem organoléptica permite oferecer uma solução eficaz para o problema de apetite e satisfazer as preferências alimentares individuais, ao mesmo tempo em que se fornece o suporte nutricional necessário.

O Prof. Ass. Dr. Archivaldo Reche Júnior, do departamento de Clínica Médica da Universidade de São Paulo (USP), explica com detalhes a DRC em gatos. Assista ao webinar Doença Renal Crônica em gatos: do diagnóstico ao tratamento.

A ROYAL CANIN® tem uma linha completa de alimentos coadjuvantes nas versões seca e úmida para gatos com DRC. Saiba mais sobre os alimentos ROYAL CANIN®.