Março Amarelo alerta para a saúde renal de gatos e cães
Links rápidos:
- O mês de março é marcado pela saúde renal de cães e gatos
- Como o diagnóstico precoce pode ser realizado?
- O papel do médico-veterinário na prevenção de doenças renais em pets
- Além do Março Amarelo: como prevenir as afecções renais durante todo o ano?
- A Royal Canin® atua no suporte nutricional renal aos pets!
Mais que um mês para alertar sobre a saúde renal em humanos, o Março Amarelo é uma campanha para conscientização de tutores sobre a saúde renal de gatos e cães. Saiba mais!
A conscientização e orientação foco do Março Amarelo pode fazer a diferença no diagnóstico precoce das patologias relacionadas ao trato renal. Com o objetivo de discutir a doença renal crônica em cães e gatos, a campanha é uma forma de iniciar a conversa com os tutores que, muitas vezes, não associam as mudanças de comportamento dos seus animais com o surgimento de condições renais.
O mês de março é marcado pela saúde renal de cães e gatos
Março Amarelo é o termo utilizado para alertar para o risco da Doença Renal Crônica (DRC) em animais e humanos. Criado após a idealização do dia Mundial do Rim, comemorado na segunda quinta-feira do mês de março, pela Sociedade Internacional de Nefrologia, o objetivo deste mês colorido no calendário é conscientizar e divulgar mais informações sobre a doença renal.
Entendendo a Doença Renal Crônica em detalhes
A doença renal crônica ocorre quando o néfron, unidade funcional, é lesionado de maneira irreversível, causando a perda da capacidade do órgão em exercer suas funções excretora, reguladora e endócrina.
A doença renal crônica afeta de 1% a 3% dos felinos e 0,5% a 1,5% dos cães, não tem cura e, geralmente, progride de forma lenta, progressiva e irreversível (Grauer, 2017).
A DRC é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em cães e gatos, especialmente nos mais velhos. Como a terapia renal substitutiva (diálise e transplante) não é amplamente disponível na medicina veterinária, o manejo da DRC em cães e gatos concentra-se na detecção precoce e em tratamentos destinados a retardar a perda progressiva de néfrons.
Como o diagnóstico precoce pode ser realizado?
O médico-veterinário realiza o diagnóstico da DRC a partir de anamnese, histórico, exame clínico e exames complementares. A definição de um diagnóstico da doença em estágios iniciais requer a combinação de diferentes exames, incluindo os seguintes:
- bioquímica sérica (ureia, creatinina);
- análise da urina (densidade, pH urinário, proteinuria, razão proteína/creatinina urinária);
- hemogasometria para análise de eletrólitos;
- ultrassonografia (morfologia renal);
- pressão arterial.
A International Renal Interest Society (IRIS) foi criada para promover a compreensão científica da doença renal em pequenos animais, mais especificamente para ajudar os profissionais a diagnosticar, compreender e tratar melhor a doença renal canina e felina.
A IRIS determinou diretrizes para o estadiamento da doença renal crônica e foi desenvolvido um guia para classificar a DRC canina e felina estável, a fim de melhorar comunicações em torno da doença renal e vincular esforços diagnósticos e terapêuticos apropriados a pacientes com vários graus da DRC.
Durante muito tempo, para avaliar a função renal para o diagnóstico da DRC, o médico-veterinário se baseava principalmente na dosagem sérica de ureia e creatinina. No entanto, a dosagem destas duas substâncias possui baixa sensibilidade, e muitas vezes os valores permanecem dentro do intervalo de referência até que aproximadamente 75% dos néfrons deixem de ser funcionais (Kovarikova, 2015).
Assim, a intensidade da perda da função renal pode ser mensurada a partir da dosagem sérica de creatinina e SDMA (dimetilarginina simétrica), pois a interpretação dos valores das duas juntas aumenta a sensibilidade para o diagnóstico precoce da doença renal crônica.
A SDMA é um marcador mais sensível de avaliação de função renal e, diferente da creatinina, seus valores começam a alterar quando há 25% de perda da função renal, sendo uma ótima forma de diagnosticar a DRC de forma precoce (Idexx, 2020).
A associação entre dosagens de SDMA e creatinina permite o estadiamento da doença renal em gatos e cães que, de acordo com a IRIS, varia entre I a IV.
O papel do médico-veterinário na prevenção de doenças renais em pets
Por ser uma doença progressiva e irreversível, o diagnóstico da DRC, quando realizado nos estágios iniciais da doença, possibilita um melhor prognóstico – pois permite que o médico-veterinário monitore e ajuste o tratamento para manter a doença controlada.
Como a DRC afeta principalmente animais idosos, o envolvimento do médico-veterinário durante as consultas de rotina de pets em idade avançada é fundamental para a conscientização dos tutores sobre a doença renal crônica.
Abordar o Março Amarelo na clínica ou consultório, portanto, permite que o médico-veterinário possa orientar os tutores em relação ao diagnóstico precoce, monitoramento e controle da doença. É essencial explicar que, por ser irreversível, o quanto antes for detectada a condição, maior a possibilidade de que o animal responda bem à terapia instituída.
O tratamento da DRC visa diminuir a progressão da doença, e consequentemente, aumentar a longevidade e manter a qualidade de vida dos animais acometidos.
Além do Março Amarelo: como prevenir as afecções renais durante todo o ano?
Apesar de o Março Amarelo ter foco na DRC, a doença renal não é uma doença sazonal e a sua prevenção deve acontecer durante todo o ano.
A principal forma da prevenção de doenças renais é através de consultas de rotina. Por isso, é fundamental que o médico-veterinário, ao longo das consultas de rotina, aborde a importância do diagnóstico precoce com o tutor de animais idosos.
Isso porque, em animais maduros e idosos, exames de sangue semestrais – como SDMA e creatinina – possibilitam a definição de um diagnóstico precoce e, assim, de mudanças no manejo para que seja feito o controle da doença.
A importância desse tipo de acompanhamento se mostra ainda maior uma vez que, nos estágios iniciais, o animal não apresenta sinais claros e, com isso, um tutor não conscientizado pode associar as mudanças de comportamento do animal a idade – descartando a possibilidade de doenças.
A Royal Canin® atua no suporte nutricional renal aos pets!
A nutrição é uma aliada importante do médico-veterinário para o manejo de animais com doença renal. Vale lembrar, no entanto, que o manejo nutricional na doença renal faz parte do tratamento do pet e não substitui o uso de medicamentos por parte do profissional veterinário.
A Royal Canin possui uma linha de alimentos completos, voltada para gatos e cães com doença renal. São alimentos desenvolvidos a partir de pesquisas e inovação para atender ao apetite seletivo do animal com doença renal crônica.
Os alimentos coadjuvantes da Royal Canin contribuem para reduzir os sinais clínicos e desacelerar a progressão da doença. São alimentos elaboradas para o paciente nefropata, que contém:
- Suporte renal – Formulado com baixo teor de fósforo e teor moderado de proteína de alta qualidade para apoiar a função renal, ajudando na qualidade de vida do gato e do cão.
- Energia adaptada – Conteúdo energético adaptado para reduzir o volume da refeição e ajudar a compensar a diminuição do apetite.
- Perfil aromático diferenciado – Diferentes perfis aromáticos, com formatos de croquete e texturas para ajudar a estimular o apetite dos gatos e cães, principalmente em casos de aversão alimentar.
Os alimentos da linha Renal são alimentos que possuem diferentes perfis aromáticos, texturas, tamanhos e formatos de croquetes. Eles podem ser fornecidos ao animal em diversas combinações – sozinhos ou mistura de alimento seco e úmido – ao todo são 12 possibilidades de combinações para gatos e cães com seletividade ou aversão alimentar.
A Royal Canin possui uma linha completa de alimentos coadjuvantes ao tratamento para pacientes com doença renal crônica. Os alimentos Renal da Royal Canin foram formulados a partir de estudos da nutrição clínica e formulados a partir da seleção e o balanceamento nutricional.
Saiba mais sobre os alimentos do portifólio Renal da Royal Canin para gatos e cães:
- Renal Canine
- Renal Special Canine
- Renal Canine wet
- Renal Small Dog
- Renal Special Feline
- Renal Feline Wet
- Renal Feline
Os alimentos da linha renal da ROYAL CANIN® são contraindicados para fêmeas gestantes e lactantes e para filhotes e animais jovens em período de crescimento.
Acesse a nossa ferramenta gratuita, a Calculadora para Prescrições! Com ela, o médico-veterinário consegue determinar a quantidade de alimento a ser oferecida para seus pacientes de forma rápida e prática, além de poder prescrever o mix-feeding de maneira facilitada – possibilitando que o tutor tenha diferentes opções para oferecer ao seu animal, que devido a doença renal pode estar com o apetite reduzido.
Referências Bibliográficas
Dunaevich, A., Chen, H., Musseri, D., Kuzi, S., Mazaki-Tovi, M., Aroch, I., Segev, G. Acute on chronic kidney disease in dogs: Etiology, clinical and clinicopathologic findings, prognostic markers, and survival. Acesso em: 16/01/24
Grauer, G. F. Treatment Guidelines for Chronic Kidney Disease in Dogs and Cats – International Renal Interest Society Recommendations. TVP Journal, 2017. Acesso em: 18/01/2024.
Idexx. Um aumento discreto na SDMA revela um maior risco de doença renal no paciente e muitas vezes é o indicador mais precoce. 2020. Acesso em: 17/01/24
International Renal Interest Society. IRIS Staging of CKD (modified 2023). Acesso em: 16/01/24
Kovarikova, S. Urinary biomarkers of renal function in dogs and cats: a review. Veterinarni Medicina, n. 60, v. 11, 2015. Acesso em 18/01/24