Diabetes mellitus em gatos e cães

Diabetes mellitus em gatos e cães

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Alguns conceitos e fatores importantes devem ser relembrados e enfatizados sobre diabetes mellitus e suas particularidades em pets; saiba mais sobre o tema

O Diabetes mellitus (DM) é uma das doenças endócrinas mais comuns em gatos e cães e vem experimentando um incremento em sua ocorrência nos últimos anos, o que pode estar relacionado às melhorias na medicina veterinária (maior número de diagnósticos) e ao aumento na expectativa de vida dos animais. Isso porque essa enfermidade ocorre com mais frequência em cães a partir da metade da expectativa de vida até a idade mais avançada e em gatos a partir dos 7 anos.

Saiba mais detalhes sobre a doença em gatos e cães e estratégias nutricionais que atuam como coadjuvantes ao tratamento.

Sinais clínicos da Diabetes Mellitus

Os sinais clínicos mais observados são:

  • Hiperglicemia: aumento anormal da glicose (açúcar) no sangue;
  • Glicosúria: aumento anormal e perda de glicose pela urina;
  • Poliúria: aumento anormal da produção de urina;
  • Polidipsia: aumento da ingestão de água, compensatório à poliúria;
  • Polifagia: aumento anormal do apetite e ingestão de alimentos, atitudes compensatórias à perda de energia na forma de glicose pela urina (glicosúria);
  • Emagrecimento: perda de peso devido ao desbalanço energético;
  • Desidratação: perda de líquidos devido à poliúria.

Diabete Mellitus em gatos

O DM felino assemelha-se ao DM tipo 2 em humanos, secundário à obesidade e à resistência insulínica. Em felinos, o DM não é necessariamente insulinodependente e pode apresentar reversibilidade em alguns casos.

Os gatos estão entre os pets com risco para o desenvolvimento de diabetes. São diversos os fatores que podem predispor essa enfermidade. As causas mais comuns de resistência insulínica em gatos são:

  1. Obesidade: a relação entre o ganho de peso excessivo e o risco para o desenvolvimento de DM pode ser explicada pela redução da tolerância à glicose, aumento da resistência insulínica, aumento da inflamação e sinais de disfunção das células beta pancreáticas, associados ao ganho de peso e da massa gordurosa em gatos.
  2. Pancreatite: inflamação crônica devido à pancreatite pode resultar em resistência à insulina e impactar na regulação da glicose no organismo.
  3. Infecção bacteriana: Importante causa de resistência insulínica em pacientes diabéticos. Em humanos está associado com a secreção excessiva de glucagon, mas em gatos esse mecanismo ainda não foi confirmado.
  4. Acromegalia: resultado da secreção excessiva de hormônio do crescimento. A circulação elevada deste hormônio predispõe à resistência insulínica, intolerância aos carboidratos, hiperglicemia e diabetes mellitus. O excesso de hormônio do crescimento estimula a secreção de IGF-1 pelo fígado e tecidos periféricos. A maioria dos gatos com acromegalia é idoso, 90% machos (castrados ou inteiros) e, geralmente, tolera altas doses de insulina.
  5. Hiperadrenocorticismo: causado pela secreção excessiva de hormônios adrenocorticais devido a uma disfunção na glândula pituitária ou existência de tumores no córtex adrenal. O cortisol é o hormônio mais comumente aumentado nesse caso. Gatos com essa enfermidade geralmente são animais idosos e as fêmeas apresentam maior prevalência.

Os gatos machos são mais acometidos que as fêmeas, e a doença ocorre em idade mais avançada (>10 anos). A castração também pode ser considerada um fator de risco, uma vez que ela pode predispor à obesidade.

Dentre as raças mais acometidas estão:

  1. Sem raça definida (SRD/ gato doméstico)
  2. Sagrado da Birmânia
  3. Norueguês da Floresta
  4. Persa
  5. Birmanês
  6. Maine Coon

Diabetes Mellitus em cães

O DM canino assemelha-se ao DM tipo 1 em humanos, no qual ocorre destruição de células B no pâncreas e incapacidade de produção de insulina. As causas mais comuns de destruição de células B são processos autoimunes e pancreatite.

Esse tipo de diabetes é irreversível, o que torna o animal insulinodependente. Ocorre também DM transitório provocado por ação de progesterona endógena (diestro) ou exógena. Esse hormônio provoca resistência insulínica diretamente (inibindo a ação insulínica nas células) e, indiretamente, pelo estímulo à secreção de GH na glândula mamária (hormônio antagônico à insulina).

Na espécie canina, a idade de maior prevalência da doença varia de 4 a 14 anos, com um pico entre 7 a 9 anos. As fêmeas são acometidas cerca de duas vezes mais que os machos. Existem raças que apresentam maior risco de ocorrência. Dentre as 15 raças de cães mais cometidas temos:

  1. Terrier Australiano
  2. Schnauzer Standard
  3. Schnauzer Miniatura
  4. Bichon Frise
  5. Spitz
  6. Fox Terrier
  7. Poodle Miniatura
  8. Samoieda
  9. Cairn Terrier
  10. Keeshond
  11. Maltês
  12. Poodle Toy
  13. Lhasa Apso
  14. Yorkshire Terrier
  15. Sem raça definida (SRD)

Estratégia nutricional

Faz parte da terapêutica da DM em gatos e cães a prescrição de um alimento coadjuvante ao tratamento. Os alimentos Diabetic Feline, Diabetic Canine e Diabetic Special Low Carbohydrate Wet Canine da ROYAL CANIN® são alimentos coadjuvantes ao tratamento da DM. Todos possuem alta proteína, baixo amido e perfis nutricionais que auxiliarão na glucomodulação.

Como alguns casos de DM estão associados à obesidade, principalmente em gatos, a recomendação dos alimentos Diabetic Feline, Diabetic Canine e Diabetic Special Low Carbohydrate wet pode variar de acordo com o Escore de Condição Corporal (ECC). Assim, aos animais com escores ≤ 6/9 a recomendação alimentar deve ser Diabetic conforme tempo recomendado pelo médico veterinário, de acordo com o quadro clínico do paciente. Já os animais com escores ≥7/9 é recomendada inicialmente Diabetic e, após estabilização e controle glicêmico, fazer a transição para Satiety. Para perda de peso e manutenção, o alimento Satiety é a melhor indicação.

A ROYAL CANIN® possui uma linha completa de alimentos coadjuvantes ao tratamento da diabetes mellitus em gatos e cães.